Um novo tipo de dinossauro foi identificado no Brasil após estudar pegadas encontradas na cidade de Araracora. BBC mencionado.
Na década de 1980, em meio à vasta extensão da Formação Botucatu, no Brasil, um padre e paleontólogo italiano chamado Giuseppe Leonardi se deparou com uma descoberta notável – uma série de pegadas de dinossauros, que os cientistas mais tarde chamaram de “pegadas”. Estas impressões fossilizadas, preservadas em arenitos antigos da região, proporcionaram um vislumbre emocionante do passado, sugerindo a existência de uma espécie desconhecida de dinossauro.
Movido pela curiosidade e pela paixão pela paleontologia, Leonardi coletou e documentou meticulosamente esses rastros, garantindo sua preservação para estudos futuros. Em 1984, ele doou generosamente as amostras ao Museu de Ciências da Terra do Brasil, onde aguardavam análises posteriores.
Anos de exame cuidadoso e comparação com registros existentes de pegadas de dinossauros revelaram um fato surpreendente: essas pegadas eram diferentes de todas as descobertas anteriormente. Características únicas, incluindo dedos longos e finos e passadas largas, sugerem um dinossauro ágil que vive no deserto.
Num estudo inovador publicado em 2023, uma equipa de cientistas liderada por Leonardi nomeou oficialmente esta nova espécie Farlowichnus rapidus, que significa “caminho rápido de Farlow”. Com base em sua análise, Farlowichnus rapidus era um carnívoro pequeno e rápido que percorria a paisagem árida do início do Cretáceo Brasil, há cerca de 125 milhões de anos.
A nova espécie, que chamaram de Farlowichnus rapidus, era um pequeno carnívoro do tamanho de um pássaro Serima moderno, ou cerca de 60-90 cm (2-3 pés) de comprimento, disseram os pesquisadores.
A descoberta do Farlowichnus rapidus destaca a importância de preservar e estudar cuidadosamente os vestígios fósseis, pois podem fornecer informações valiosas sobre a diversidade e o comportamento dos dinossauros antigos. Estas pegadas fornecem um testemunho silencioso das notáveis adaptações e resiliência da vida no passado pré-histórico da Terra.
Esta descoberta foi publicada na revista científica Cretaceous Research.
“Pela grande distância entre as pegadas encontradas, é possível concluir que se tratava de um réptil muito rápido que corria por antigas dunas de areia”, afirmou o Serviço Geológico em comunicado.
O período do Cretáceo Inferior estendeu-se de 100 a 145 milhões de anos atrás.
Rafael Costa, paleontólogo do MCTer, disse que as pegadas diferem de todas as outras pegadas de dinossauros conhecidas.
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