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Pacientes com sintomas de dengue aguardam tratamento em um hospital em Buenos Aires, Argentina, sexta-feira, 5 de abril de 2024, enquanto os casos continuam aumentando em todo o país. (Foto AP/Natacha Pisarenko)
CNN
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Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os casos de dengue estão aumentando nos Estados Unidos, com casos chegando a 5,2 milhões nesta semana, superando o recorde anual estabelecido em 2023.
Até quarta-feira, 5.214.480 casos de dengue foram relatados nos Estados Unidos, disse a porta-voz da OPAS, Ashley Baldwin, à CNN na quinta-feira. Em 2023, o número total de casos notificados na região foi de 4.572.765.
“Estamos em uma situação de emergência por causa da dengue”, disse o diretor da OPAS, Jarbas Barboza, em entrevista coletiva na quinta-feira.
Os países do hemisfério sul foram os mais atingidos até agora, sendo o Brasil responsável pela maioria dos casos. Em fevereiro, Rio de Janeiro declarou emergência de saúde pública Em meio ao aumento de casos.
No Peru, 20 das 25 regiões do país estão em alerta sanitário por causa da epidemia, que aumentou para mais de 134 mil casos, informou o governo esta semana.
A situação parece ter estabilizado nas últimas semanas em alguns pontos críticos da América do Sul, mas a OPAS alertou que outros países da região, incluindo os do Hemisfério Norte, devem preparar-se para a chegada da primavera e de temperaturas mais quentes.
“A maioria dos casos no Hemisfério Sul ocorre na primeira metade do ano, e a maioria dos casos no Hemisfério Norte ocorre na segunda metade do ano”, disse Baldwin. “Até agora, neste ano, vimos o pico de casos no sul e agora esperamos que os casos aumentem no norte”.
A OPAS afirma que vários factores podem estar a contribuir para o aumento da dengue, incluindo o aumento das temperaturas, fenómenos climáticos extremos, rápido crescimento populacional e serviços inadequados de água e saneamento que criam criadouros de mosquitos.
Até agora, em 2024, 1.858 pessoas morreram da doença nos EUA, acima do total do ano passado de 2.418.
Barbosa disse que existe uma vacina para a dengue e pode desempenhar um papel na redução de casos graves e mortes, mas alertou que não interromperá imediatamente o surto.
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Um mosquito Aedes aegypti é mantido em um contêiner em 13 de março de 2024 em Buenos Aires, Argentina.
Eraldo Perez/AP
Fevereiro. Profissionais de saúde pública pulverizam inseticida durante uma campanha antifumo no bairro Cililândia, em Brasília, Brasil, sexta-feira, 16 de junho de 2024.
Para tentar conter o surto, a OPAS recomenda a implementação de uma estratégia que se concentre na vigilância, no controlo do mosquito que transmite o vírus e na gestão médica, disse Baldwin.
“Embora atualmente não exista tratamento específico para a dengue (qualquer condição clínica), a maioria dos casos é leve. A detecção precoce e o tratamento médico adequado podem reduzir a probabilidade de morte por dengue grave”, acrescentou Baldwin.
A dengue é um vírus transmitido por mosquitos, transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, e também é conhecido por transmitir vários outros vírus, como febre amarela, chikungunya e zika, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. Causa sintomas semelhantes aos da gripe e pode levar à morte em casos graves.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o vírus está presente em mais de 100 países de climas tropicais e subtropicais, principalmente em áreas urbanas e semiurbanas. Também ocorre nos territórios americanos de Porto Rico, nas Ilhas Virgens dos EUA e na Samoa Americana.
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