O texto da declaração poderia ser o seguinte: Um Estado sem litoral procura uma extensão da costa marítima; O pagamento do aluguel ou da compra é negociável, mas o dinheiro está fora de questão; Um comprador entusiasmado está disposto a enfeitar qualquer colar com alguns brindes.
Os negócios imobiliários soberanos podem parecer uma história antiga, mas ainda existem. Mesmo em 2024, os terrenos estatais poderão tornar-se uma mercadoria que poderá ser vendida ou arrendada ao preço certo. Esta prática pode parecer uma pilhagem, mas é uma alternativa melhor à coerção militar.
No dia 1 de Janeiro, a Etiópia, o país mais populoso do mundo sem acesso ao mar, assinou um acordo preliminar para arrendar ao seu vizinho uma extensão de costa de 20 quilómetros (12 milhas) durante meio século. Esperam-se novas negociações, nomeadamente sobre preços e condições de pagamento, e um acordo final poderá ser alcançado ainda este ano.
o problema? Bem, existem muitos. Para começar, o vendedor é um estado separatista chamado Somalilândia, que carece de reputação internacional. Proprietário reconhecido da terra pela ONU – Somália – Ele diz que o acordo é ilegal. Depois, há a questão do dinheiro: a Etiópia, envolvida numa violenta guerra civil, é um país pobre que não cumpriu a sua dívida soberana internacional no dia de Natal; Em vez de dinheiro, oferece uma parcela da companhia aérea estatal.
A Etiópia também oferece um brinde diplomático: aceitará a Somalilândia como um Estado independente, agravando ainda mais as tensões no Corno de África. A região já testemunha vários conflitos armados, além da escalada de actos de pirataria no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, incluindo no mar a partir do Iémen. Até agora apenas Taiwan reconhece a Somalilândia Como país, embora a região africana tenha declarado a sua independência em 1991.
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