MILÃO (Reuters) – Um navio mercante forneceu combustível e água para um barco que transportava cerca de 400 imigrantes em apuros entre a Grécia e Malta, mas recebeu ordens das autoridades maltesas para não conduzir uma operação de resgate, informou a ONG alemã Sea-Watch. O Internacional disse na segunda-feira.
O navio, que partiu de Tobruk, na Líbia, em meio a uma onda de barcos de migrantes que cruzavam o Mediterrâneo vindos do norte da África, estava flutuando e entrando na água pelo serviço de apoio Alarm Phone no domingo.
O telefone de alarme disse que o barco estava na Área de Busca e Resgate (SAR) de Malta.
A Sea-Watch International, que localizou o barco com um de seus dois aviões, acusou na segunda-feira Malta de não querer resgatar as pessoas a bordo, mesmo estando em grande perigo e o navio lutando contra ondas de 1,5 metro.
“Se o barco continuar em movimento, pode chegar à Itália e Malta não terá que aceitar pessoas”, disse ela em sua conta no Twitter.
As autoridades maltesas não responderam a vários pedidos de comentários.
Em um episódio separado, pelo menos 23 africanos desapareceram e quatro morreram no sábado, depois que seus barcos afundaram na Tunísia enquanto tentavam chegar à Itália.
Na semana passada, a embarcação GeoParents da instituição de caridade Médicos Sem Fronteiras (MSF) resgatou 440 migrantes na costa de Malta após uma complexa operação de 11 horas em mares tempestuosos.
No domingo, cerca de 1.000 migrantes chegaram à ilha italiana de Lampedusa, ao sul da Sicília, segundo a agência de notícias ANSA.
Reportagem de Giulio Piovaccari; Reportagem adicional de Christopher Sciclona em Valletta; Redação de Giulio Piovaccari; Edição de Toby Chopra e Barbara Lewis
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