[1/11] Funcionários da mesa contam cédulas em eleição local, em Ronda, sul da Espanha, em 28 de maio de 2023. REUTERS/John Nazca
MADRI (Reuters) – Os socialistas governistas da Espanha sofreram pesadas derrotas para os conservadores da oposição nas eleições locais de domingo, com quase 95 por cento dos votos apurados, ressaltando sua fraqueza eleitoral antes da eleição geral no final do ano.
Apenas três das 12 regiões que realizam eleições manterão o domínio socialista por margens muito estreitas, e o restante provavelmente irá para o conservador Partido do Povo, embora por meio de alianças ou pactos informais de apoio com o partido de extrema-direita Vox.
“O mapa está mudando completamente e é um impulso para Alberto Nunez Figo – o novo líder do Partido Popular – antes das eleições no final do ano”, disse Ignacio Jurado, professor de ciências políticas da Universidade Carlos III.
Os ganhos do Partido do Povo (PP) sugerem que os conservadores podem derrotar a atual coalizão de esquerda liderada pelo Partido Socialista Obrero Español (PSOE) se repetirem o desempenho nas eleições nacionais de dezembro.
Os números mostraram poucas maiorias claras, com exceção da região de Madri, onde a presidente da província, Isabel Diaz Ayuso, do PPP, parecia prestes a ser reeleita com uma maioria absoluta.
“Na votação, o bloco de direita se expande, mas não muito. Mas essa oscilação é suficiente para deslocar o centro de gravidade da esquerda para a direita”, disse Jurado.
Os principais reveses para os socialistas vieram de perdas nas regiões de Valência, Aragão e Ilhas Baleares, bem como em um dos mais importantes feudos socialistas, a região da Extremadura, no sudoeste da Espanha.
“O tsunami que varreu todas as regiões espanholas hoje varreu”, disse Javier Lampan, o ex-presidente socialista de Aragão, em entrevista coletiva na qual reconheceu a derrota.
A liderança nas Ilhas Canárias será determinada por acordos, mas o PSOE tem poucas chances de manter o poder.
A porta-voz do PSOE, Pilar Alegria, disse em entrevista coletiva que os resultados não foram “o que esperávamos”.
Em grandes cidades como Valência e Sevilha, onde também foram eleitos prefeitos, a contagem mudou a favor do Partido Popular, que também obteve maioria absoluta na cidade de Madri.
Barcelona estava longe das grandes cidades, onde um partido pró-independência conquistou a maioria dos votos por uma margem tão estreita que seria necessário um acordo com os socialistas para destituir a atual prefeita, Ada Colau.
As campanhas eleitorais foram marcadas por muitas polêmicas, desde denúncias de fraude eleitoral em pequenas cidades até um caso inédito de sequestro.
A contagem mostrou um retorno a um sistema bipartidário dominado pelo Partido Socialista dos Trabalhadores e pelo Partido do Povo, após uma década de maior participação de partidos menores, como o esquerdista Podemos e o centrista Ciudadanos, que pareciam ter perdido suas cadeiras. ao Partido Popular.
(Reportagem de Jessica Jones e Belene Carino) Escrito por Jessica Jones. Edição de Hugh Lawson, Howard Goller e Deepa Babbington
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