O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, apelou a reparações para os escravos por causa do comércio transatlântico de escravos, que privou os escravos de “educação, cuidados de saúde, oportunidades e prosperidade”.
“Apelamos a quadros de justiça reparadora, para ajudar a superar gerações de exclusão e discriminação”, disse Guterres. Ele disse na segunda-feiraQue cai no Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos.
Ele disse: “Apelamos para fornecer o espaço e as condições necessárias para a cura, a reforma e a justiça”.
Mais de 12,5 milhões de africanos foram transportados à força por comerciantes europeus nos seus navios e vendidos como escravos. Alguns comerciantes lucraram com o trabalho dos escravos. Os que sobreviveram às viagens foram colocados em fazendas no Brasil e no Caribe.
“Isto lançou as bases para um sistema de discriminação violenta baseado na supremacia branca, que ainda ressoa hoje”, disse Guterres. “Descendentes de africanos escravizados e pessoas de ascendência africana continuam a lutar pela igualdade de direitos e liberdades em todo o mundo.”
Um relatório da ONU publicado no ano passado afirmou que os países poderiam considerar reparações financeiras pela escravização de pessoas de ascendência africana, mas reconheceu que o processo de apresentação de ações judiciais e de identificação de vítimas e perpetradores era complexo.
“Nos termos do direito internacional dos direitos humanos, a compensação por qualquer dano economicamente avaliável, conforme apropriado e proporcional à gravidade da violação e às circunstâncias de cada caso, também pode constituir uma forma de reparação.” De acordo com o relatório Lançado em setembro.
“No contexto dos erros históricos e dos danos infligidos como resultado do colonialismo e da escravatura, avaliar os danos económicos pode ser muito difícil devido ao longo período de tempo decorrido e à dificuldade de identificar os perpetradores e as vítimas”, afirma o relatório.
Hilary Beckles, Presidente da Comissão de Reparações da Comunidade do Caribe (CARICOM), concordou com os comentários de Guterres.
“Este é o movimento que finalmente sinalizará a vitória coletiva da humanidade, a vitória do bem sobre o mal”, disse Pickles. De acordo com a Reuters. A Comissão de Reparações do Caribe foi criada para buscar reparações de antigas potências coloniais como Portugal, França e Grã-Bretanha.
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