Agora, as provas recolhidas pelos três meios de comunicação apontam para ligações à Unidade GRU 29155, uma entidade inteiramente dedicada a assassinatos e à desestabilização política. “A missão deles é encontrar, consertar e acabar com tudo isso em apoio aos sonhos imperiais de Vladimir Putin”, disse um ex-oficial de alto escalão da CIA ao Insider.
As provas incluem a geolocalização de agentes russos em locais de todo o mundo antes ou durante o início da Síndrome de Havana – oficialmente conhecida no governo dos EUA como Incidentes de Saúde Anómalos, ou AHIs. Os pacientes também identificaram agentes russos conhecidos por terem trabalhado na unidade a partir de fotos, mostra a investigação.
Diz-se que a Síndrome de Havana é causada pelo uso de armas de energia dirigida – e membros seniores da Unidade 29155 receberam prémios por desenvolverem “armas sónicas não letais”, disse a investigação.
Além disso, os incidentes de saúde podem não ter começado na capital cubana em 2016, como se pensava inicialmente, mas sim no consulado dos EUA em Frankfurt em 2014, alguns meses depois de Putin ter anexado ilegalmente a Crimeia.
Mais recentemente, quase uma dúzia de autoridades dos EUA sofreram um ataque com sintomas da Síndrome de Havana antes da visita da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, a Hanói, em 2021, informou o 60 Minutes. Como parte da investigação, surgiram provas que sugerem que a Rússia pode estar a enviar armas acústicas de longo alcance para governos estrangeiros, como o Vietname.
Um relatório da inteligência dos EUA divulgado no ano passado concluiu que era “extremamente improvável” que um adversário estrangeiro estivesse envolvido na doença. Segundo as vítimas da AHI contactadas pelos meios de comunicação, o governo dos EUA não reconheceu oficialmente a causa desta síndrome.
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