Os Estados Unidos alertaram na sexta-feira que a Rússia e o Irã estão intensificando a cooperação militar a ponto de “prejudicar” a Ucrânia e os vizinhos do Irã.
Citando avaliações de inteligência, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, descreveu “um nível sem precedentes de apoio militar e técnico que transforma seu relacionamento em uma parceria de defesa total”.
Kirby disse que os pilotos iranianos estão sendo treinados para pilotar os caças russos Sukhoi Su-35, que devem ser entregues no próximo ano. Isso, disse ele, “aumentaria significativamente o poder aéreo do Irã em relação a seus vizinhos regionais”.
Enquanto isso, Kirby disse que o Irã está considerando estabelecer uma linha de produção conjunta para aeronaves não tripuladas na Rússia. O Irã já havia sido acusado de fornecer drones mortais à Rússia para a invasão da Ucrânia.
As alegações foram apoiadas pelo secretário de Relações Exteriores britânico, James Cleverly, que descreveu a cooperação em defesa e as transferências de armas como “negócios miseráveis”.
Moscou nega parceria de defesa
Vassily Nebenzia, enviado de Moscou às Nações Unidas, denunciou a avaliação da inteligência dos EUA na sexta-feira.
Nebenzia disse ao Conselho de Segurança da ONU que “o complexo militar-industrial da Rússia pode funcionar bem e não precisa da ajuda de ninguém, enquanto a indústria militar ucraniana é essencialmente inexistente e é ajudada pela indústria e empresas ocidentais”.
Ele também afirmou que as alegações sobre drones iranianos “já foram refutadas” várias vezes antes.
O Irã admitiu ter vendido drones para a Rússia no passado, mas nega qualquer transferência de armas desde a invasão da Ucrânia.
zc/wd (AFP, AP)
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